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Isolamento social e o ambiente construído

Publicado em 05 . 05 . 2020

Em tempos de isolamento social é uma ótima oportunidade para repensarmos a forma como vivemos e perceber o impacto que o ambiente construído pode causar diretamente na saúde de um indivíduo e de toda a sua família. Se vamos além na reflexão e pensarmos que praticamente toda a sociedade planetária encontra-se “em casa” desenvolvendo todas as suas atividades, seja de trabalho, refeições, lazer, e descanso, agora, mais do que nunca, a residência tem uma importância vital em nosso dia-a-dia.

Uma edificação que não foi projetada e construída com o cuidado em proporcionar conforto e maior qualidade de vida aos seus moradores pode causar diversos sintomas negativos para a sua saúde, tais como: fatiga, dores de cabeça, problemas respiratórios, irritabilidade, dentre vários outros…

As construções sustentáveis têm um papel fundamental na saúde dos ocupantes por fornecerem diretrizes de projeto e construção que visam a melhoria do bem-estar físico e emocional e o aprimoramento do conforto das pessoas que ali irão residir.

O GBC Casa & Condomínio prioriza o tema saúde e bem-estar como um dos principais objetivos da certificação. Para isso, estabelece uma série de requisitos visando a melhora do conforto térmico, acústico, luminoso, a melhora da qualidade do ar, etc.

Com a execução destas medidas enfocadas na saúde das pessoas, o ambiente construído pode aliviar significativamente o nosso estresse em tempos difíceis de crise e isolamento social, acolhendo-nos e proporcionando o conforto e bem-estar necessários para manter o nosso estado de espírito e físico fortalecidos para o combate ao COVID-19.

 

Conheça os créditos que vão tratar especificamente desta temática e as estratégias a serem incorporadas para o seu atendimento:

QAI PR1

Requer o controle de emissão de gases de combustão com o objetivo de eliminar ou minimizar o vazamento desses gases nos espaços internos da edificação, de modo a não causar impactos a saúde dos ocupantes. Para tanto, não devem ser instalados equipamentos cujo processo de combustão ocorra dentro dos espaços internos, porém, se instalados, a combustão deverá ocorrer em câmara fechada. Há também a opção de realizar a exaustão mecanizada de gases, neste caso o ambiente deverá possuir sensor permanente de CO (monóxido de carbono) com acionamento de alarme sonoro quando os níveis atingirem 25 ppm. Caso o ambiente não possua ventilação natural com aberturas permanentes, deverá ser instalado sensor de CO2 com acionamento de alarme sonoro quando os níveis atingirem 1000 ppm.

 

QAI PR2

Objetiva reduzir o mofo e a exposição a poluentes internos por meio do uso de sistemas passivos (ventilação simples e/ou cruzada) ou ativos (exaustores mecânicos) que forneçam a exaustão do ar interior para o exterior das áreas molhadas. No banheiro, a quantidade mínima de fluxo de ar deve proporcionar de 6 a 10 renovações de ar / hora e na cozinha, de 10 a 15 renovações de ar / hora. A capacidade do sistema de exaustão deve ser calculada em m³ / hora. Deverá ser calculado o volume do ambiente (comprimento x largura x altura) e multiplicado o resultado pelo número de extrações necessárias por hora (10 a 15 em uma cozinha, 6 a 10 em um banheiro).

 

QAI PR3

Tem o objetivo de garantir que as residências ou condomínios residenciais apresentem um nível mínimo de desempenho, com base nos critérios da NBR15575, considerando requisitos voltados ao comportamento térmico, acústico e luminoso, para a obtenção de ambientes com melhor qualidade para os ocupantes nesses quesitos. Os créditos 1, 2 e 3 desta categoria requerem o melhor desempenho em cada um desses fatores.

 

QAI CR1

Objetiva proporcionar níveis adequados de desempenho térmico de residências ou condomínios ventilados naturalmente, expostos ao clima das 8 Zonas Bioclimáticas brasileiras. Por meio de simulação computacional, possibilita 2 pontos caso atendido o nível intermediário (I) conforme os critérios da NBR 15575-1 e 3 pontos para o atendimento do nível superior (S) da norma.

 

QAI CR2

Tem como objetivo proporcionar desempenho luminoso adequado às residências e condomínios residenciais. Possibilita 2 pontos para o atendimento do nível intermediário (I) e 3 pontos se atingido o nível superior (S) da norma NBR 15575-1. O desempenho deve ser demonstrado por simulação computacional.

 

QAI CR3

Objetiva reduzir o risco de incômodos ou doenças que o ruído possa produzir aos usuários das residências. Possibilita 2 pontos para o atendimento do nível intermediário (I) e 3 pontos se atingido o nível superior (S) da norma NBR 15575-1, 3, 4, 5 e 6. O desempenho deve ser demonstrado por simulação computacional.

 

QAI CR4

Para reduzir e controlar os níveis de umidade no interior da residência, proporcionando conforto e reduzindo o risco de mofo, todas as áreas molhadas das residências e condomínios deverão ser impermeabilizadas atendendo as diretrizes das normas ABNT NBR 9574 – Execução de impermeabilização e NBR 9575 – Impermeabilização – Seleção e projeto.

 

QAI CR5

Objetiva reduzir a exposição dos ocupantes da residência aos poluentes provenientes da garagem, por meio de vedações ou de equipamentos mecânicos. Em termos de estratégias deverão ser vedadas as superfícies (aberturas, pisos e forros conectados) situadas entre a garagem e os espaços internos, além de portas com fita veda frestas; também é possível criar um hall de acesso aos elevadores que seja isolado do ambiente da garagem com paredes ou divisórias. Além disso, para o alcance de 1 ponto adicional, deverão ser instalados exaustores com timer controlado por meio de sensores de ocupação; acendimento automático da iluminação; mecanismos de abertura da porta da garagem; sensor de monóxido de carbono e acionamento automático em determinado intervalo de tempo.

 

QAI CR6

Tem como objetivo reduzir a exposição dos ocupantes da residência e dos trabalhadores da construção civil aos contaminantes do ar, por meio do controle e da remoção das fontes de contaminação. Utilizar estratégias como a vedação de todos os dutos e aberturas, após a instalação, para minimizar a contaminação durante as obras. Reservar um local específico para fumantes no canteiro de obras, com uma distância mínima de 8 metros do refeitório, vestiários e principais atividades. Realizar uma limpeza, aspiração e higienização dos cômodos da residência, incluindo também limpeza dos azulejos, vidros, caixilhos, armários e móveis, após o término das obras, na fase de pré-ocupação. Além dessas estratégias como utilizar capachos em todas as entradas da residência, com pelo menos, 0,60 m de comprimento na direção do deslocamento principal e/ou um depósito para calçados (guarda-sapatos) e um espaço de armazenamento, próximos à entrada principal.

 

QAI CR7

Utilizar materiais de baixa emissão com o objetivo de diminuir a produção e o consumo de materiais com conteúdo contaminantes e perigosos que podem causar lesão, desconforto ou mal-estar aos ocupantes, usuários, instaladores e operários da construção. Compensados de madeira ou produtos confeccionados com fibras agrícolas, devem respeitar os limites de ureia formaldeído conforme a NBR 15.316, possuindo até 8mg de formol a cada 100 g painel. Limitar o teor de COV para tintas, revestimentos e adesivos em aerossol aplicados em paredes internas e em tetos conforme os limites estabelecidos pela Green Seal Standard GS-11 ou pela ISO 11890-2. Todos os adesivos e selantes utilizados no interior da residência devem cumprir os requisitos estabelecidos pela South Coast Air Quality Management District (SCAQMD).

 

QAI CR8

Tem como objetivo estabelecer parâmetros para ambientes que promovam maior bem-estar e melhora da saúde dos ocupantes dentro das residências no Brasil. O crédito requer medidas, tais como: o desenvolvimento de um Plano de Biofilia, o qual deverá descrever como o projeto incorpora a natureza dentro de seus limites; um plano de integração de obras de arte nas áreas de convívio e permanência do empreendimento; desenvolvimento de um Guia explicativo de Saúde e Bem-estar com o objetivo da familiarização dos usuários com os benefícios de elementos incorporados ao projeto, descrevendo as estratégias priorizadas para alcançar o maior conforto e bem-estar dos usuários; utilizar sistemas de ventilação com janelas operáveis, demonstrar que a ventilação natural é suficiente para manter os níveis de dióxido de carbono abaixo de 800ppm na ocupação planejada; criar um plano de limpeza e boas práticas que deverá ser disponibilizado aos moradores e incluído no Manual de Operação, Uso e Manutenção; prever uma área adequada equipada (exemplos: com esteiras, bicicletas ergométricas, pesos, barras, caneleiras, colchonetes, etc.), dedicada para a realização de exercícios, de forma a incentivar as atividades físicas; Gerenciamento do espaço: requisitos mínimos de armazenamento para minimizar a bagunça e manter um ambiente bem organizado e confortável; Altura mínima do pé-direito.

 

Para saber como as empresas que estão envolvidas nas operações de condomínios residenciais durante estes tempos de isolamento social, entrevistamos o José Roberto Graiche Júnior, Vice-Presidente do Grupo Graiche e Presidente da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios, passando sobre as principais adaptações da operação residencial, novidades normativas, sobre a conscientização e canais de comunicação com moradores e ainda o compartilhamento de espaços, individualização do consumo e desempenho.

 



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por Maíra Macedo, Gerente de Projetos e Certificações do GBC Brasil

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