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Como funciona o LEED? Conheça as categorias avaliadas na certificação

Publicado em 08 . 07 . 2021

A preocupação com a sustentabilidade faz com que diferentes projetos na construção civil busquem certificações verdes. A principal delas no Brasil é a Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental). Mas você sabe como funciona o LEED

O sistema foi criado em 1993 pelo Green Building Council dos Estados Unidos, o USGBC. O objetivo era criar um sistema que pudesse estimular e promover boas práticas ambientais em diferentes edificações. Na prática, ele avalia a possibilidade daquele projeto ser um green building (construção verde).

Em quase trinta anos, a certificação se consolidou. Atualmente, é um sistema capaz de analisar diferentes padrões e elementos que envolvem uma construção, desde a fase de projeto até a manutenção do prédio já construído. É a principal medida de avaliação global de projetos sustentáveis e está presente em mais de 160 países, com 706 projetos certificados e 1.644 buscando a certificação*.

No caso brasileiro, o LEED é disseminado pelo GBC Brasil, que ministra cursos para capacitar os profissionais interessados em se aprofundar no assunto. O país, aliás, ocupa o Top 5 do ranking de nações com mais edificações certificadas pelo sistema, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Canadá e Índia.

Dessa forma, a certificação é muito mais do que uma garantia de boas práticas ambientais em projetos da construção civil. É uma ferramenta que está mudando a forma como as pessoas pensam a relação entre suas habitações e comunidades, principalmente como são projetadas, construídas e operadas.

Quais são as características da certificação LEED?

O principal elemento para compreender como funciona o LEED é saber que em sua versão 4 (LEED v4) há quatro tipologias, cada uma para atender diferentes necessidades de diferentes projeto. Construções novas e grandes reformas buscam o selo BD+C. Escritórios comerciais e varejo, por sua vez, querem o ID+C, enquanto empreendimentos existentes focam no O+M. Já bairros utilizam o ND.

Já as avaliações são feitas em diferentes categorias, cada uma delas com pré-requisitos e créditos. Os primeiros são itens obrigatórios que o projeto precisa contemplar para obter a certificação. Já os últimos são acréscimos na avaliação, contribuído para melhorar o nível  obtido anteriormente ou desejado até o momento.

A cada análise bem-sucedida dentro das categorias, o projeto ganha pontos que, no fim, definirão o nível de certificação alcançada – o máximo são 110 pontos. Um empreendimento com 40 a 49 pontos garante o nível Certified. De 50 a 59, Silver; de 60 a 79, Gold, e acima de 80 é Platinum.

Como funciona o LEED e a avaliação das categorias?

Ao todo, são nove categorias pelo selo, cada uma delas atendendo um ponto específico de questões ambientais, sociais e econômicas. Confira:

Localização e Transporte: recompensa decisões sobre a localização do projeto, com créditos que incentivam o desenvolvimento compacto, transporte alternativo e conexão com amenidades como restaurantes e parques.

Terrenos Sustentáveis: foco no ambiente ao redor do edifício, concedendo créditos para projetos que enfatizam as relações vitais entre edifícios, ecossistemas e serviços ecossistêmicos. Ele se concentra na restauração dos elementos do local do projeto, integrando o local com os ecossistemas locais e regionais e preservando a biodiversidade da qual dependem os sistemas naturais.

Eficiência Hídrica: aborda a água de forma holística, olhando para uso interno, externo, uso especializado e medição. A categoria é baseada em uma abordagem de “eficiência em primeiro lugar” para a conservação de água.

Energia e Atmosfera: A categoria aborda a energia de uma perspectiva holística, tratando da redução do uso de energia, estratégias de projeto de eficiência energética e fontes de energia renováveis.

Materiais e Recursos: concentra-se em minimizar a energia incorporada e outros impactos associados à extração, processamento, transporte, manutenção e descarte de materiais de construção. Os requisitos são projetados para oferecer suporte a uma abordagem de ciclo de vida que melhora o desempenho e promove a eficiência dos recursos.

Qualidade do Ambiente Interno: recompensa decisões tomadas pelas equipes de projeto sobre a qualidade do ar interno e conforto térmico, visual e acústico. Edifícios verdes com boa qualidade ambiental interna protegem a saúde e o conforto dos ocupantes.

Inovação: As estratégias e medidas de design sustentável estão em constante evolução e aprimoramento. Novas tecnologias são continuamente introduzidas no mercado e pesquisas científicas atualizadas influenciam as estratégias dos projetos. O objetivo desta categoria é reconhecer características de construção inovadoras e práticas e estratégias sustentáveis.

Prioridade Regional: Como algumas questões são específicas de uma localidade, o comitê técnico do LEED identificou prioridades ambientais distintas em diferentes áreas e criou créditos que tratam dessas questões. Esses créditos de Prioridade Regional incentivam as equipes de projeto a se concentrarem em suas prioridades locais.

Processo Integrativo: Começando no pré-projeto e continuando ao longo das fases de projeto, identifique e use oportunidades para obter sinergias entre disciplinas e sistemas de construção.

Dependendo do tipo de projeto que se pretende certificar, existem diferentes opções para a obtenção de pontos em cada uma destas áreas.

 

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Agora que você já sabe como o LEED funciona no país, é hora de buscar a certificação verde e ambiental para seu imóvel, concorda? Diferente do que muitos pensam, trata-se de uma alternativa interessante para valorizar o imóvel e ganhar qualidade de vida. 

 

*Dados de Junho de 2021

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