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Gerenciamento do sistema de iluminação em edifícios sustentáveis

Publicado em 19 . 02 . 2019

Acompanhar os diferenciais de um sistema de iluminação em um empreendimento inteligente é uma tarefa muito esclarecedora. Sem trocadilhos, fica fácil entender a razão pela qual cada vez mais empresas optam por soluções que otimizam o aparato luminotécnico nas edificações.
O alicerce tecnológico que acompanha os edifícios sustentáveis tem o intuito de fazer o melhor uso de recursos. Em referência à energia elétrica, desponta o conceito de eficiência energética, que é um objetivo final deste tipo de construção.
As vantagens são evidentes. Verificar a variação da luminosidade de uma sala nos diferentes momentos do dia em função da claridade externa é algo bastante inspirador. Prover a esse espaço o conforto ambiental ideal pelo período em que é utilizado certamente aumenta a produtividade da equipe. São métricas até complexas de se avaliar.
No que concerne a economia financeira, já foram apuradas no Centro Corporativo Portinari, LEED Platinum, 36% a menos nas contas de luz se compararmos à ASHRAE 90.1, que “já é um padrão alto de comparação, uma vez que nem todos os empreendimentos alcançam os patamares definidos por essa norma americana”, ressalta Felipe Faria, CEO do Green Building Council Brasil, em seu discurso no evento que marcou a premiação do empreendimento na cidade de Brasília. Ou seja, pela média brasileira, um prédio inteligente pode chegar facilmente a 50% de economia em energia elétrica.
No entanto, é necessário que se ressalte que esses números animadores são atingidos também, e necessariamente, com o conhecimento integral para a melhor utilização de todo o aparato tecnológico disponível em empreendimentos com este tipo de recurso. Gerenciar um sistema dessa natureza requer um entendimento minucioso das ferramentas de que dispõe. Não se limita somente ao controle do acendimento ou desligamento da iluminação em ambientes que estejam ocupados ou não. Tampouco somente verifica a variação dos níveis de luz, mas também produz uma análise comparativa para verificar o impacto sobre o uso de energia para a climatização. Ou seja, o monitoramento determina o melhor uso do sistema como um todo e, especificamente, também a luminosidade perfeita para um determinado espaço em cada momento do dia.
Soluções como biometria e acendedor automático de lâmpadas, quando integradas chegam a economizar em torno de 22% da energia usada no local.
Franco Morais, gerente de Facilities da Iris Imóveis Corporativos, atua no Centro Empresarial CNC (LEED Gold) em Brasília e apura mês a mês os benefícios desse gerenciamento no empreendimento em que atua. A economia anual é realmente significativa. “Somente no ano de 2018, nosso Centro Empresarial CNC, um complexo com 155.000 m², deixou de gastar 1.025.000 kWh, o equivalente a uma economia mensal de energia em 6.500 casas (considerando o consumo médio de 150kWh por casa)”, diz Franco, que ainda observa: “Oitocentos e vinte mil reais deixaram de ser gastos na conta de luz no último ano”. Indiscutivelmente, números impactantes.

 
Edifícios sustentáveis contam com algumas soluções de iluminação mais usadas:

  • Sensores de presença – A instalação de sensores de detecção de presença é um método comum para melhorar o retorno sobre o investimento. Em muitas aplicações estes trazem benefícios significativos, tanto através da redução de custos de energia, quanto na redução dos custos de manutenção, garantindo que as luminárias funcionem apenas a quantidade mínima de tempo necessário. Embora não haja custos adicionais envolvidos na instalação de sensores de detecção de presença, a economia gerada muitas vezes supera significativamente o investimento.

 

  • Sensores de luminosidade – Os sensores de luminosidade apresentam benefícios semelhantes aos sensores de detecção de presença, garantindo que a iluminação de perímetro seja dimerizada de acordo com a entrada e luz natural, o que gera uma economia significativa na energia consumida e um maior conforto ao ocupante.

 

  • Dimerização – Adaptação da iluminância de cada luminária de acordo com a luz natural que está entrando no ambiente, garantindo uma economia de energia e maior conforto do ocupante. A sensibilidade dos equipamentos dimerizados, como as lâmpadas de led, permite que o sistema reconheça a presença humana e o escurecer do dia, por exemplo. Assim, o uso da energia elétrica só acontece quando realmente há necessidade. E essa identificação fica a cargo do sistema.

 

  • A energia fotovoltaica se expande a largos passos. Seus painéis absorvem a energia térmica do sol e canalizam esse calor para um conversor de fluido chamado trocador de calor. Quanto mais quente ele fica, mais energia pode ser produzida. Pesquisadores da Texas A&M University criaram um novo material para os trocadores de calor dos painéis solares, composto de cerâmica e tungstênio, capaz de suportar temperaturas acima de 750 graus Celsius. “Esse equipamento pode aumentar a eficiência da geração de energia em usinas solares em 20%, o que tornará a energia solar mais econômica e eficiente”, diz Rodrigo Mizuno, gerente do Grupo Orion, detentor da expertise de instalação e manutenção de equipamentos de alta complexidade tecnológica.

 

Plataformas de última geração permitem o controle rígido do sistema, trazendo vantagens que englobam:

  • Facilidade de comunicação e controle bidirecional com cada componente do sistema de iluminação, incluindo sensores, interfaces de usuário e luminárias.

 

  • Monitoramento de todos os componentes do sistema, alertas de falha em tempo real e relatórios de problemas de manutenção e uso de energia.

 

  • Versatilidade verificada quando grupos inteiros são controlados remotamente, através de qualquer navegador ou dispositivos.

 

  • Zoneamento: As luzes são agrupadas em áreas para que possam ser controladas juntas e podem ser facilmente modificadas através de software. As luminárias podem ser reagrupadas para suportar mudanças nos layouts de construção sem a necessidade de alteração dos circuitos elétricos no campo.

 

  • Sistema de geração de relatórios de status de hardware, consumo de energia e de desempenho da iluminação; programação horária e mudanças de estado do predefinidas como luzes on/off ou habilitação/desativação do sensor, bem como dimerização para ocorrer automaticamente em horários definidos ou em um tempo variável em relação ao nascer ou pôr do sol; detecção de ocupação: sensores multiusos podem ser configurados para desligar ou escurecer uma área uma vez que foi desocupada por um período de tempo especificado, contribuindo para a eficiência energética e desempenho operacional do edifício; manutenção que identifica lâmpadas próximas o fim de sua vida operacional, permitindo que estas sejam substituídas para manter o desempenho do sistema.

 
Em referências pesquisadas, os dados sobre a economia de energia são bastante variáveis e dependem do perfil de ocupação do prédio, assim como sistema implementado e outros diversos fatores indiretos, tais como ar condicionado, fachada, tipo de ocupação, e muitos outros. No entanto, sem sombra de dúvida, a operação adequada, o melhor gerenciamento do sistema instalado responde por uma parcela essencial na melhor definição de economia e conforto para os usuários de um empreendimento inteligente.
 

Conheça mais sobre as empresas membro do GBC envolvidas nestes projetos!


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