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Manejo de Irrigação em Gramados e Jardins

Publicado em 14 . 09 . 2020

O manejo de aplicação de água dos sistemas de irrigação tem sido alertado como a maior deficiência dentro das práticas culturais, independentemente do plantio. Apesar disto, poucos locais utilizam práticas de manejo de irrigação. O resultado, na grande maioria das vezes, é o desperdício de água e a produção afetada devido a outros fatores decorrentes do mau uso da água nas plantas.

Num país como o Brasil, em que a cultura de irrigação para sistemas de paisagismo e formação de gramados ainda é embrionária, a situação do manejo de irrigação para produção de grama e para gramados implantados ainda está no seu primeiro estágio. Quando se menciona métodos práticos sempre existe uma associação com métodos “baratos”. Mas na verdade, formas práticas estão relacionadas a toda tecnologia que pode ser aplicada de forma fácil e simples com o intuito de obter resultados otimizados em produção, qualidade da grama e economia de água e energia elétrica.

A grande vantagem é que já temos vários métodos, equipamentos e dispositivos que foram desenvolvidos, alguns diretamente para a utilização com gramas e outros para produção de alimentos, mas que podem utilizar a grama como base.

Hoje em nosso país praticamente não existe manejo dos sistemas implantados, geralmente se aplica a mesma lâmina e a mesma frequência durante toda a vida do jardim.

 

EVAPOTRANSPIRAÇÃO

Para responder as questões:

“Qual a quantidade de água que devemos aplicar na grama? ” E, “Com qual frequência e quanto tempo o sistema precisa para funcionar?” – Ambas questões são fatores determinantes para um bom manejo de irrigação de jardins e gramados.

O clima local é um do principais elementos que deve influenciar na quantidade de água necessária para manter um bom desenvolvimento da planta. A quantidade de água que a planta precisa inclui a porcentagem que foi perdida por evaporação dentro da atmosfera do solo, por sua superfície e pela a transpiração, que é a água efetivamente utilizada pela planta. A combinação destes fatores é chamada de EVAPOTRANSPIRAÇÃO ou ET.

No caso da produção de grama o importante é ressaltar que a ET muda drasticamente em cada período de desenvolvimento até o ponto de corte da grama para comercialização. Temos que considerar pelo menos dois modelos de estágio de desenvolvimento dependendo da maneira em que a grama é plantada. Se for com sementes teremos um estágio inicial (Estágio I) que é do plantio até o nascimento da terceira folha. Se for por ramas em leiras temos o estágio inicial do plantio até a cobertura total do solo.

O estágio II para ambos os tipos de plantio vai até a formação total e primeira poda e o Estágio III que vai até o corte final da grama para comercialização.

O manejo da irrigação para gramados em produção é importante para manter a saúde e o crescimento com vigor da grama. Um termo muito utilizado para definir a ET da grama é a WUR que significa a medição da água utilizada pela grama para o seu crescimento, a transpiração da planta e a água evaporada pelo solo. Durante as condições normais de crescimento a WUR varia de 2,5 a 7,6 mm/dia. Este montante pode crescer até 11,4 mm/dia para condições extremas de WUR. (VOIGT & BRANHAM, 1998).

ETP significa EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL a qual é a taxa média máxima de água consumida pelas plantas em um dado clima. Na tabela ETP, observe os fatores que afetam a taxa de uso de água para um dado clima.

As três categorias de “Frio”, “Temperado” e “Quente”, indicam que a temperatura possui uma influência no uso da água – em climas mais quentes podemos esperar que haja mais perda de água.

Outro fator importantíssimo é a umidade do ar: se o ar é úmido a evaporação deve ser baixa quando comparada a um clima com a mesma temperatura, porém com a umidade do ar relativamente baixa.

TABELA DE CLIMA ETP

 

 

 

 

 

 

 

 

*Frio equivale situações abaixo de 20oC. Temperado equivale um intervalo de temperatura entre 20 e 32ºC. Quente equivale a temperaturas acima de 32ºC . Úmido equivale à temperatura umidade relativa acima de 50%, e consequentemente seco equivale a UR abaixo de 50%.

 

Na tabela, um clima “Frio úmido” possui uma variação de PET em mm/dia de 2,5 a 3,8. No final da tabela, em um clima “Quente e seco”, o gramado precisa de 7,6 a 11,4 mm de água por dia. Estes casos são uma estimativa grosseira para estes tipos de clima para um dia típico de verão.

Com relação a equipamentos temos métodos para obtenção da evapotranspiração. Temos que considerar uma série de fatores para seleção destes métodos, mas o mais importante é o tipo de irrigação utilizada para a cultura. No nosso caso a cultura é a grama, e em torno de 98 % dos casos utilizamos irrigação por aspersão. Possuímos os métodos diretos e os métodos indiretos, nestes trabalhados devemos nos atentar aos métodos que consideramos como sendo os mais práticos e simples para utilização.

 


por RainBird Brasil, empresa membro do GBC Brasil.

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