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Fachadas anguladas, um amplo revestimento verde e placas amadeiradas recobrem o Alameda Jardins, um projeto acolhedor, que imprime movimento no bairro Jardins, em São Paulo. O primeiro empreendimento da Tishman Speyer na região é assinado pelo escritório aflalo/gasperini Arquitetos e integra dois edifícios, interligados por um boulevard semipúblico, com propostas de gentileza urbana.

Com certificação Ouro do Green Building Council – organização que promove a sustentabilidade na construção civil –, o prédio residencial investe no convívio com plantas e áreas arborizadas para trazer a sensação de bem-estar aos moradores e passantes. “Tanto no boulevard quanto na praça de acesso ao hall, há uma riqueza de espécies naturais e um desenho paisagístico dinâmico,” compartilha a sócia-diretora da aflalo/gasperini Arquiteto, Grazzieli Gomes Rocha.

“A presença da vegetação sobe ao longo da fachada também, com uso de jardineiras que se estendem pelas varandas de um lado ao outro, acompanhando a forma dos terraços,” continua Grazzieli. Aliadas a diferentes texturas e composição de materiais usadas pelo escritório, como concreto aparente e revestimentos brancos, as sacadas conferem personalidade ao contrastar com o visual minimalista da parte comercial do edif[icio, que segue o conceito de corporate boutique, revestido de vidros.

As fachadas são revestidas de concreto aparente como forma de conferir aconchego e acompanhar o movimento da estrutura — Foto: Maira Acayaba / Divulgação

No rooftop do empreendimento, as jardineiras são entremeadas pela vista 360º da cidade e, na torre principal – a habitacional –, por um painel exclusivo de Vik Muniz. O topo das torres, ainda, contam com um pórtico na cobertura criado a partir das placas laterais amadeiradas, emoldurando o prédio.

“O revestimento dessas placas laterais vem como uma materialidade que traz conforto e promove um caráter de casa e aconchego a esse volume arquitetônico”, explica a sócia-diretora. “Junto à fachada angular, que promove diversidade na composição, esses dois elementos formam uma composição harmônica e equilibrada entre as linhas diagonais das varandas e a ortogonalidade lateral.”

O verde é valorizado desde as varandas até o boulevard, e segue a proposta de sustentabilidade do empreendimento — Foto: Maira Acayaba / Divulgação

Além disso, o conceito contemporâneo de uso misto gera vitalidade ao projeto e ao bairro junto ao boulevard semipúblico. O ponto comum entre o edifício residencial e o corporativo, o espaço de 600 m², tem praças e alamedas contemplativas projetadas por Pamela Burton.

A própria integração entre o interno e externo é um destaque do empreendimento. Uma alameda exclusiva do residencial inclusive cria um caminho que se conecta ao lobby e lounge, decorados com trabalhos de Laura Vinci, Athos Bulcão e Vik Muniz, resultado de uma parceria com a Galeria Nara Roesler e a Galeria Carbono.

O prédio comercial é marcado pela estética minimalista e recoberto por vidros brancos — Foto: Maira Acayaba / Divulgação

No centro do boulevard, os usuários também entram em contato com uma escultura ao ar livre do artista Raul Mourão. “O local tem uma dupla função: gerar um espaço aberto e arborizado – que é um respiro na densidade de fachadas da rua –, além de ser um acesso à torre habitacional,” acrescenta Grazzieli. “As pessoas, para chegar em casa, passam por este ambiente de transição e descompressão entre a rua e a moradia.”

Mas o que chama, realmente, do passante ao olhar o empreendimento é a arquitetura contemporânea e atemporal, segundo a sócia-diretora. “O movimento, o amadeirado e o verde aguçam a curiosidade e marcam a identidade do projeto. Nossa experiência com soluções locais aproveitam o potencial do bairro através dessas soluções,” conclui.

As placas laterais “coroam” o edifício residencial com madeira — Foto: Maira Acayaba / Divulgação

 

O design arquitetônico permite vista ampla para o Jardins e à Avenida Paulista — Foto: Maira Acayaba / Divulgação

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