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Uma área de cerca de 15 mil metros quadrados, ao lado do Centro Administrativo da Prefeitura, vai ser o novo endereço da representação diplomática dos Estados Unidos no Rio de Janeiro.

A pedra fundamental da nova sede foi lançada nesta terça-feira e a previsão é que a construção seja concluída em 2026, num investimento total de US$ 596 milhões (mais de R$ 3 bilhões pelo câmbio atual). O valor inclui as despesas com a compra do terreno vendido pelo município em 2016, na gestão anterior do prefeito Eduardo Paes.

“A mudança da nova sede do consulado americano para a Cidade Nova, vizinha à prefeitura, é bem-vinda à medida que nos auxilia a fincar nessa região um lugar de urbanidade. Por sua localização estratégica, entre duas estações de metrô, a nova sede trará mais conforto aos serviços consulares americanos para toda a população carioca”, afirmou o prefeiro durante a solenidade.

“O entorno da Cidade Nova será beneficiado também em breve com o Terminal Intermodal Gentileza, em construção no Gasômetro, que vai integrar o BRT Transbrasil, 22 linhas de ônibus municipais e as linhas 1 e 2 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Ambos projetos se inserem nos esforços da prefeitura para revitalização e adaptação do Centro da cidade a iniciativas como Porto Maravilha, Reviver Centro e Distrito de Baixa Emissão”, comlpetou.

No local vão ser construídas duas torres. O prédio maior terá 11 andares e o menor, nove. Segundo a porta-voz do consulado, Gledisa Sanxhaku, a nova sede vai ser mais sustentável e eficiente na área energética. Todos os serviços do prédio atual localizado na Avenida Presidente Wilson, no Centro, serão levados para lá, inclusive de vistos.

Ainda não há planos de utilização desse edifício atual, quando a mudança para o novo endereço for concluída. A expectativa é de que 280 mil pessoas/ano circulem pela nova sede.

“A nova sede vai ser mais sustentável, mais eficiente na área energética e de água. Também precisamos de mais espaço para ampliar nossos parceiros aqui nos estados do Rio, Bahia e Espírito Santo, para processar mais vistos, ter mais programas de cultura e de educação”, explicou a porta-voz.

O projeto arquitetônico da nova sede está a cargo do escritório Richärd Kennedy Architects e prevê redução da demanda energética, com uso de painéis solares e sistema de reúso de água da chuva em toda sua para externa.

O projeto homenageia ainda as belezas naturais da cidade: as duas torres serão conectadas por áreas sociais revestidas de vidro, numa referência aos bondinhos do Pão de Açúcar.

A construção contará ainda com todo um planejamento paisagístico que incluirá vegetação tropical, baseada no bioma da Mata Atlântica da região, além de jardins aquáticos. Um “brise-soleil” (dispositivo arquitetônico) vai impedir a incidência direta de radiação solar nos interiores dos edifícios, minimizando o calor e reduzindo o reflexo nas estações de trabalho e espaços comuns, garantindo mais conforto.

A nova sede será construída a cerca de 3,5 quilômetros do prédio atual, onde a representação diplomática americana no Rio está instalada há 70 anos. A mudança, segundo Gledisa, é motivada pela necessidade de se adequar aos novos tempos.

“A diplomacia americana tem novos requisitos e estamos focando um pouquinho mais na ecodiplomacia”, afirmou, acrescentando que o projeto está registrado no Leadership in Energy and Enviromental Design (LEED), programa global de certificação de instalações verdes, que reconhece as melhores estratégias e práticas de construções da categoria e tem como meta mínima a certificação Silver.

A expectativa é de que a construção da nova sede do consulado vá gerar 1,5 mil empregos locais, entre funcionários administrativos, engenheiros, arquitetos e seguranças que já começaram a ser treinados, Do montante total que será investido no projeto, a previsão é de que US$ 190 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) sejam gastos com salários, material de construção e consultoria.

O prédio da Presidente Wilson foi erguido em 1952 e abrigou anteriormente a embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Com a transferência da capital federal para Brasília, o local passou o sediar do Consulado Geral dos Estados Unidos, a partir de 1971.

 

 

Via Exame

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