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Não é preciso ser um expert em mercado imobiliário para perceber que os empreendimentos lançados no Paraná, em especial os de alto padrão colocados no mercado em Curitiba, costumam ter na sustentabilidade uma característica comum. E aqui não falamos apenas do reaproveitamento de água das chuvas – prevista em legislação, inclusive – ou de bosques preservados, mas de soluções e tecnologias adotadas em projeto que tornam os edifícios mais eficientes e, reconhecidamente, sustentáveis.

Para se ter ideia, um levantamento realizado pela Petinelli, empresa de engenharia e sustentabilidade, aponta que 37% dos edifícios residenciais do Brasil que buscam uma certificação na área estão localizados no estado. O que significa que a cada três edifícios que pretendem se tornar verdes no país, um está no Paraná. O levantamento leva em consideração a base do Green Building Council Brasil, responsável pela certificação LEED, que está entre as mais reconhecidas do mundo.

Para Guido Petinelli, CEO da empresa, tais resultados decorrem da evolução e abertura do mercado imobiliário brasileiro para a tecnologia e inovação que ocorreu há pouco mais de 10 anos, quando o setor imobiliário estava em plena expansão.

“Isto significa que começamos mais cedo. Não tão cedo quanto os americanos e europeus, mas como país emergente, começamos cedo. Termos começado na hora certa, com condições favoráveis, nos deu o pontapé inicial. São Paulo e Rio de Janeiro ainda são os maiores mercados [em volume], mas o Sul mostrou ter vocação para a sustentabilidade. Esse conceito foi se interiorizando, vemos ele sendo aplicado em empreendimentos menores. O Sul desenvolve conhecimento e expertise [para o restante do país]”, destaca.

Qualidade que gera resultado

E isso se deu de forma orgânica, quase desproposital, como lembra o CEO da Petinelli. Afinal, para boa parte dos empreendimentos residenciais lançados no Paraná com a chancela de sustentável, a certificação veio como uma consequência de um projeto bem executado, voltado à eficiência da edificação com vistas a proporcionar maior conforto e qualidade de vida aos seus moradores, e não a conquista da certificação em si.

“São empresas como a Laguna, que deu o pontapé inicial e tornou isso uma realidade. Ela não estava buscando a certificação, mas como atua no mercado de alto padrão, foi atrás de melhorar o seu produto, construindo um prédio melhor, mais eficiente e confortável e, consequentemente, mais sustentável”, reforça Petinelli ao referenciar o Llum, empreendimento da construtora eleito o prédio mais sustentável do mundo em 2021 pelo prêmio LEED Homes Awards, promovido pela US Green Building Council (USGBC). Entre os critérios avaliados estavam design, bem-estar, sustentabilidade e saúde e impacto/igualdade.

Neste ano de 2022, a empresa inaugurou um novo empreendimento listado entre os mais sustentáveis do mundo, a Galeria Laguna, onde funciona a central de vendas da construtora. Com projeto de arquitetura do escritório Estúdio 41, de Curitiba, e consultoria da Petinelli, a obra agrega os selos LEED Platinum, WELL Platinum, LEED Zero Energy, LEED Zero Water, LEED Zero Waste e LEED Zero Carbon, o que faz com que ela supere a certificação de obras como o One World Trade Center e a sede da Apple, em Cupertino (EUA).

“O que acontece em Curitiba não acontece em nenhum lugar do Brasil. Aqui o setor imobiliário adota a certificação de uma forma que não se vê acontecer, a definição de um empreendimento superluxo passa a incluir sustentabilidade, conforto, bem-estar, tendo a certificação como premissa. Se se pega as principais construtoras da cidade, AG7, MDGP, GT Building, Laguna, que estão construindo os melhores prédios da cidade, todas começam a adotar a certificação”, acrescenta o CEO da Petinelli, que não descarta a influência da cultura curitibana pela sustentabilidade, seja a promovida pelos programas de coleta seletiva do lixo, parques públicos e soluções em transporte apresentados décadas passadas, sobre a iniciativa das construtoras em buscarem produtos mais ambientalmente corretos e dos consumidores em  reconhecerem neles tais atributos com mais facilidade.

 

 

Via Gazeta do Povo 

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