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Sustentabilidade no setor de construções não se trata mais de uma opção inovadora. Hoje já pode ser considerada como necessidade básica. Isso fica mais evidente quando se leva em consideração certificações que atestam a eficiência, segurança e qualidade de empreendimentos cujo objetivo mira a preservação do ambiente com gasto mínimo de recursos naturais nos projetos.

O GBC (Green Building Council Brasil), organização não governamental que atua em 186 países, por exemplo, tem vários tipos de certificações, entre eles o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Há ainda o Casa & Condomínio e o Life (para interiores residenciais), entre outros. A certificação oferece uma maneira de reconhecer o compromisso com o planeta, além de destacar novas tecnologias que contribuem para o desenvolvimento do mercado.

Edificações certificadas consomem em média 25% menos energia e 40% menos água, segundo dados do GBC. Esta média é checada a cada ano pela ONG através do desempenho dos edifícios certificados em relação à média do mercado. Redução de consumo de energia e água e desvio de resíduos da obra de aterro (atualmente em 85%, na média) são alguns dos itens obrigatórios para a certificação. Ela exige ainda a análise de itens sobre conforto, saúde e bem-estar. Todos os itens somados, a obra é certificada se obtiver um número mínimo de pontos. Quanto maior a economia e o desempenho técnico, maior a pontuação obtida para um melhor nível de certificação (que vai de verde à platina).

Economia de recursos naturais e financeiros

Felipe Faria, CEO do GBC, afirma que, mesmo com a pandemia, o total de projetos certificados e em processo de certificação no Green Building aumentou. “No Brasil o acumulado de 2020 a 2021 chegou a 22%, mas em 2019 a porcentagem foi de 43%. Os números mostram que há espaço para o crescimento deste mercado. Investidores relatam que prédios certificados conseguem valores de condomínio menores por conta da operação de custo reduzido e têm prazos mais curtos para a locação ou venda”.

Mas a concretização de projetos verdes, no nível de qualificação necessário, requer sustentabilidade nos modelos de investimento. Complementar a este cenário está a perspectiva de Sandro Gamba, diretor de negócios imobiliários do Santander. De acordo com o profissional, “isso abre não só espaço, mas mostra a necessidade de que instituições financeiras também repensem seus serviços”, pontua Gamba, que recentemente anunciou nova linha de financiamento do Santander direcionada a construções residenciais sustentáveis. A certificação Casa & Condomínio do GBC está compreendida na linha.

Assim também pensa o presidente do Conselho de Administração do Green Building Council Brasil, Raul Penteado, que afirma ser a sustentabilidade um caminho sem volta e que não tem linha de chegada. “Trata-se de um processo contínuo de elevação no nível técnico das construções com foco em eficiência, conforto e sustentabilidade”, diz. A busca da sustentabilidade nas construções é considerada por especialistas um dos principais pontos na luta contra o aquecimento global. Com isso, nasce uma nova demanda para os bancos: a criação de linhas especiais para construções sustentáveis.

Via Estadão Conteúdo

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