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Parceria entre CBIC, Senai e IFC promove a certificação de edifícios sustentáveis e fomenta as práticas responsáveis no segmento

Os impactos ambientais trouxeram a necessidade de novos modelos que promovam a redução do consumo de energia, o uso adequado da água, tratamento correto dos resíduos sólidos e uma menor utilização dos insumos naturais, sem deixar de lado o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. Para disseminar e facilitar o acesso do setor, em especial das pequenas e médias empresas, às ferramentas disponíveis e facilitadoras do processo de construção de prédios verdes, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), e a International Finance Corporation (IFC) firmaram parceria para promover a certificação de edifícios sustentáveis e fomentar as práticas responsáveis no segmento. A IFC é membro do Grupo Banco Mundial e promove o desenvolvimento econômico e a melhoria da vida das pessoas ao estimular o crescimento do setor privado nos países em desenvolvimento.

A certificação de edifícios verdes vai além da demonstração de responsabilidade ambiental de uma empresa. Ela pode aumentar receitas, atrair clientes e facilitar o acesso ao crédito. De acordo com o World Green Building Council (WGBC), edifícios comerciais verdes registram índices de ocupação até 23% mais altos e podem gerar renda de aluguel até 8% mais elevada.

— A construção sustentável contribui para a redução de custos no processo construtivo para a incorporadora, redução do valor de custos mensais para o consumidor final, maior valorização dos empreendimentos, redução do custo de manutenção em todo seu ciclo de vida e uma melhor qualidade de vida dos usuários — destacou o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Segundo o presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da entidade, Nilson Sarti, a iniciativa auxilia no alcance dos compromissos assumidos pelo Brasil e pelo setor no Acordo de Paris. O Acordo foi uma resposta global aos efeitos climáticos e reduzir a emissão de gases de efeito estufa foi uma das premissas para um desenvolvimento sustentável.

— Além disso, nesse momento de pandemia, as pessoas se voltaram para dentro de casa e viram a importância da sustentabilidade nos empreendimentos que têm um olhar para o conforto térmico, acústico, iluminação, ventilação, e uma série de outros pontos. O destaque também é a redução de custo, porque quando você faz isso, você busca o menor consumo de água, de energia, utilização de energia renovável. Tudo isso é bom para o planeta e bom para o bolso — disse.

Sarti ainda afirmou que as construções verdes já são realidade no Brasil e que a parceria vem para acelerar a implantação da adoção dos empreendimentos mais sustentáveis.

De acordo com a líder do Programa de Green Building (GB) da IFC na América Latina e Caribe, Silvia Solano, aumentar a eficiência do setor da construção é muito importante para reduzir as emissões de CO2 em nível global.

— No contexto das mudanças climáticas é imperativo projetar e construir edifícios que sejam eficientes com nossos recursos, menos onerosos de operar e que ofereçam ambientes mais saudáveis para seus ocupantes — destacou.

Certificação Edge

Como fruto da parceria entre a CBIC e a IFC, será possível ampliar a capacidade de credenciar edifícios eco-eficientes. Além do sistema de certificação e de um padrão de eficiência de 20%, o Edge inclui um software que permite às equipes de projeto e aos proprietários avaliarem as formas mais econômicas de incorporar opções de economia de energia e água em seus edifícios.

Segundo Sarti, a iniciativa tem como foco o tripé da sustentabilidade, que é composto por responsabilidade social, ambiental e prosperidade econômica.

— Hoje, as certificações fazem parte da rotina de construtoras, que as incluíram no processo construtivo e enxergam a importância e os benefícios dos resultados obtidos — destacou.

De acordo com a IFC, entre os principais benefícios da certificação estão a redução de emissões na cadeia produtiva, eficiência energética das edificações, uso racional da água, uso eficiente de recursos, confiança e credibilidade de consumidores e fornecedores e a valorização do ser humano.

Segundo Silvia, a IFC e a CBIC estão colaborando para promover a transformação do setor de edifícios verdes no Brasil.

— Esta aliança ajudará a comunicar as virtudes de projetar e construir edifícios verdes, promover o uso do Edge como uma solução comprovada para projetar, construir e certificar edifícios verdes e trilhar o caminho para Edifícios Zero Carbono, além de também treinar desenvolvedores e suas equipes no uso desta certificação — disse.

A colaboração entre o setor público e o setor privado é fundamental para transformar o mercado.

Nilson Sarti destacou a necessidade de o poder público se debruçar sobre o tema e também investir em construções sustentáveis.

— É importante que o poder público abrace isso e coloque como uma prioridade dentro também das construções governamentais. É fundamental — afirmou.

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por, CBIC, O Globo

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