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O Itaú lançou há um ano uma linha para construtoras com certificação, a Plano Empresário Verde

O Santander lançou uma linha de financiamento para construtoras e incorporadoras, do tipo Plano Empresário, com vantagens para projetos residenciais que obtiverem certificação de sustentabilidade. Os selos aceitos são o Aqua-HQE, concedido pela Fundação Vanzolini, e o GBC Brasil Condomínio, do Green Building Council (GBC), mesma entidade responsáve

Como explica Sandro Gamba, diretor de negócios imobiliários do Santander, as empresas que forem aceitas na linha poderão financiar até 100% dos custos da obra, com liberação dos recursos a partir de 1% de conclusão do projeto. Para empreendimentos sem certificado, o gatilho de liberação é ter 10% da obra pronta.

Outra característica da nova linha é a possibilidade do repasse da carteira de financiamento dos clientes com 70% da obra concluída, enquanto no financiamento tradicional isso só ocorre com a construção totalmente pronta. Segundo o banco, isso permite que o incorporador consiga quitar mais cedo o seu empréstimo, resultando em menos encargos. Para o consumidor final, que comprou uma unidade do empreendimento na planta, o repasse antecipado ao banco também permite a contratação do empréstimo bancário enquanto a obra ainda é finalizada, e não só após a entrega das chaves.

“Não acreditamos em discutir apenas as taxas do financiamento, queremos desenvolver uma cultura de implementar certificação e desenvolver e disseminar esses empreendimentos”, diz Gamba.

O executivo analisa que empresas certificadas têm informações de governança superiores às que não possuem os selos, o que permite oferecer políticas diferenciadas de crédito. “Não é uma proposta temporária, o percentual de empreendimentos com certificação vai se tornar cada vez mais relevante e ter participação maior nos financiamentos que realizam

Para se enquadrar nos certificados GBC Brasil Condomínio, os empreendimentos precisam ter projetos que sigam as normas técnicas atuais e prevejam redução no consumo de água e energia, de pelo menos 25% a 40%, dependendo do caso, e na geração de resíduos. Também são avaliados a produção de entulho na obra, a relação do canteiro com o seu entorno, o uso de fontes renováveis de energia e aspectos de conforto térmico, luminoso e acústico.

O GBC Brasil Condomínio e sua modalidade para casas estavam presentes em 157 projetos no país até o ano passado. “Ter apoio do segmento financeiro sempre foi um grande sonho do movimento GBC, entendemos que agora vamos conseguir pulverizar mais essa iniciativa”, diz Felipe Faria, CEO da entidade.

Ele afirma que construções certificadas têm maior velocidade de venda, o que já foi comprovado nos prédios comerciais.

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por, Ana Luiza Tieghi, Valor Econômico

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