Sua casa pode estar te deixando doente: 5 sinais para ficar de olho e como resolvê-los

Publicado em 10 . 06 . 2025

Passamos grande parte da nossa vida dentro de casa. Seja descansando, trabalhando em home office ou compartilhando momentos com a família, nosso lar é, para muitos, o principal ambiente do dia a dia. Por isso, quando pensamos em saúde e bem-estar, é fundamental olhar com atenção para os espaços que nos cercam. Nem sempre os sintomas de uma gripe recorrente, crises alérgicas ou cansaço constante vêm de fora. Muitas vezes, é a própria casa que está prejudicando sua saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% dos edifícios no mundo sofrem com a Síndrome do Edifício Doente (SED), o que impacta diretamente na saúde dos seus ocupantes e visitantes. Para saber mais sobre o assunto, listamos cinco sinais de que o seu lar pode estar te deixando doente, além de dicas práticas para tornar o ambiente mais saudável.

  1. Umidade elevada e presença de mofo

Você já notou um cheiro forte, parecido com “terra molhada”, em algum cômodo da casa? Ou manchas escuras nas paredes e tetos? Esses são sinais clássicos da presença de mofo, que costuma surgir em ambientes com alta umidade. Esse tipo de fungo pode provocar ou agravar problemas respiratórios, como rinite, sinusite e até asma, além de prejudicar o sono e a disposição.

Outro problema ligado à umidade é a proliferação de ácaros, invisíveis a olho nu, mas extremamente agressivos para quem tem alergias.

Como resolver:

  • Utilize um higrômetro (medidor de umidade) para monitorar os níveis dentro de casa;
  • Invista em um desumidificador, especialmente em cômodos como quartos e banheiros;
  • Promova a ventilação natural, abrindo portas e janelas sempre que possível;
  • Utilize exaustores em áreas úmidas, como banheiro e cozinha.
  1. Poeira acumulada e sujeira externa

A poeira doméstica é uma mistura de células mortas da pele, fibras têxteis, ácaros, fungos e poluentes trazidos da rua. O acúmulo constante de poeira pode causar reações alérgicas, irritações nos olhos e na pele, além de sobrecarregar o sistema imunológico com o tempo.

Além disso, o simples hábito de entrar em casa com os sapatos usados na rua contribui para a entrada de bactérias como Clostridium difficile, além de coliformes fecais, pesticidas e outros agentes nocivos.

Como resolver:

  • Evite o uso de sapatos dentro de casa e crie um espaço na entrada para deixá-los;
  • Aspire a casa com frequência (de preferência, com aspiradores com filtro HEPA);
  • Lave roupas de cama, cortinas e tapetes semanalmente;
  • Limpe as patas dos animais ao retornarem de passeios.
  1. Infiltrações e vazamentos silenciosos

Manchas escuras nas paredes, pintura descascando, rodapés soltando e pisos deformados podem ser sinais de infiltração. A presença de umidade constante nas estruturas da casa favorece o surgimento de mofo, bolor e bactérias.

Muitas vezes, infiltrações pequenas passam despercebidas, mas com o tempo, podem comprometer a saúde dos moradores e a integridade do imóvel.

Como resolver:

 

  • Verifique janelas, peitoris, paredes e rodapés regularmente;
  • Observe manchas em armários próximos a canos e conexões hidráulicas;
  • Conserte imediatamente qualquer vazamento, mesmo que pareça pequeno;
  • Se necessário, contrate um profissional para fazer uma vistoria completa.
  1. Falta de ventilação e ar viciado

Casas muito fechadas ou com pouca troca de ar podem se tornar um ambiente ideal para o acúmulo de toxinas e gases nocivos. O monóxido de carbono emitido por fogões e aquecedores, por exemplo, pode se acumular em locais sem ventilação adequada. Além disso, a falta de ar fresco reduz a oxigenação e contribui para a proliferação de fungos e bactérias.

Esse problema é especialmente comum em construções muito “seladas”, onde a prioridade foi a eficiência energética sem considerar a renovação de ar.

Como resolver:

  • Promova a ventilação cruzada: abra janelas em lados opostos da casa;
  • Use exaustores nos banheiros e cozinhas;
  • Evite o uso excessivo de aromatizantes ou produtos de limpeza muito fortes;
  • Invista em plantas que purificam o ar, como jiboia, espada-de-são-jorge e lírio-da-paz.
  1. Condensação e umidade oculta

Você já percebeu gotas d’água nas janelas durante dias frios? Essa é a condensação: um fenômeno aparentemente inofensivo, mas que, com o tempo, pode gerar mofo dentro das paredes, tetos e móveis. Além disso, vazamentos ocultos de encanamentos ou torneiras podem gerar focos silenciosos de umidade, difíceis de detectar.

Como resolver:

  • Mantenha a umidade interna entre 35% e 45%;
  • Isole bem as janelas e paredes externas em dias frios;
  • Verifique periodicamente calhas e telhados para evitar acúmulo de água;
  • Faça manutenções regulares nas instalações hidráulicas.

SAIBA MAIS – Síndrome do Edifício Doente: o que é, causas e como prevenir

Cuidar da casa é cuidar da sua saúde

Pode parecer exagero, mas não é: sua casa pode estar impactando diretamente seu bem-estar. Um ambiente mal ventilado, úmido ou com má higiene pode desencadear uma série de sintomas físicos e emocionais, e o pior é que muitas vezes não percebemos a relação entre eles.

Por isso, vale a pena observar com mais atenção os sinais do ambiente ao seu redor. E se possível, optar por reformas sustentáveis ou mesmo empreendimentos com certificações ambientais que valorizam a saúde e o conforto dos ocupantes.

É o caso do GBC Casa. Diante dos impactos que uma casa mal planejada pode ter na saúde como má qualidade do ar, falta de ventilação, uso de materiais tóxicos e ineficiência térmica, o GBC Casa surge como uma certificação essencial para garantir ambientes mais saudáveis e sustentáveis. Voltado para residências unifamiliares, promove boas práticas que vão desde o uso de materiais de baixo impacto ambiental até soluções para iluminação natural, ventilação cruzada e eficiência energética. Ao adotar os critérios do GBC Casa, é possível não só reduzir os danos ao meio ambiente, mas também criar um espaço que contribua ativamente para o bem-estar físico e mental dos moradores.

Afinal, o lugar onde vivemos deve ser o nosso refúgio, e não um inimigo silencioso.

Para saber mais sobre essa certificação, clique aqui. 

 

 

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