Sustentabilidade no setor imobiliário: custo ou alavanca de valor?

Publicado em 06 . 05 . 2025

Durante anos, sustentabilidade foi tratada no mercado imobiliário como apêndice reputacional ou resposta a exigências regulatórias. Um tema lateral, desconectado da estratégia de negócios.

Mas isso mudou.

O relatório The Business Case for Sustainability in Real Estate é claro: há evidências concretas de que integrar sustentabilidade cria valor financeiro real — e mensurável.

A pergunta hoje já não é se vale a pena investir em sustentabilidade. É: qual o custo de não fazer isso agora?

Um setor exposto, e em transformação

O setor imobiliário está no epicentro da transição climática global.

Com a perspectiva de 9,7 bilhões de pessoas até 2050 (70% delas em áreas urbanas), o crescimento do estoque construído é inevitável. E com ele, o impacto ambiental, os riscos operacionais e a pressão por ativos mais eficientes.

Ao mesmo tempo, o setor enfrenta um cenário adverso:

  • Juros elevados
  • Incertezas regulatórias
  • Aumento dos custos de seguros e manutenção
  • Pressão crescente de investidores, financiadores e usuários finais

Nesse contexto, os dados são eloquentes: empresas que incorporam critérios ESG nos seus ativos constroem negócios mais resilientes, competitivos e valorizados.

O mercado já está mudando, com ou sem você

O relatório mostra que a precificação de risco climático não é mais uma hipótese futura. Ela já começou.

E está sendo acompanhada por:

  • Regras mais rígidas de eficiência energética e carbono operacional
  • Exigências de transparência ESG por parte de fundos e bancos
  • Redefinição de risco em financiamentos de longo prazo
  • Mudança no perfil dos ocupantes e nas expectativas dos usuários

Ignorar essas mudanças é abrir mão de competitividade. E ampliar a exposição a riscos físicos, regulatórios e reputacionais.

Sustentabilidade não é custo. É estratégia.

O ponto central do relatório é simples e direto: sustentabilidade bem integrada não é um ônus. É uma alavanca de valor.

Ela reduz vacância, melhora liquidez, antecipa exigências regulatórias e mitiga riscos de médio e longo prazo.

Porque uma coisa é certa: quem espera pela regulação para se mover, já está atrasado.

 

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por Enzo Tessitore, GBC Brasil

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