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Tecnologia aliada à sustentabilidade das obras

Publicado em 20 . 02 . 2024

Pioneiro no Rio Grande do Sul e um dos expoentes no Brasil na adoção de práticas, soluções e tecnologias sustentáveis, o Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum completa 63 anos de atividades em 2024. Neste período, se consolidou no mercado, sendo referência de excelência, sustentabilidade, segurança e inovação em projetos, promovendo edificações mais eficientes, saudáveis e ambientalmente responsáveis. Anualmente, o Escritório recebe empresas de todo o País, interessadas em práticas de gestão de projetos e obras.

No decorrer de sua trajetória, o Escritório, que leva o nome de seu fundador, recebeu inúmeras distinções nas áreas da gestão, qualidade, tecnologia, inovação e responsabilidade socioambiental, de instituições como a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), American Society for Quality (ASQ), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), entre outras. Um dos marcos de sua evolução ocorreu em 1995, com a implementação do Processo Conserve – Construção a Serviço da Ecologia.

“Desde então, atualizamos esse processo de forma sistemática nos nossos empreendimentos, a partir da participação em congressos, visitas técnicas, associação ao United States Green Building Council (USGBC) e de um extenso trabalho de pesquisa, treinamento e desenvolvimento da nossa equipe de engenharia e dos parceiros estratégicos”, destaca o diretor da empresa, Flavio Teitelbaum. “Um dado que demonstra o nosso compromisso com a sustentabilidade é que, apenas nos últimos cinco anos, mais de 5 mil árvores foram preservadas com a utilização de formas plásticas nas obras gerenciadas pela Joal Teitelbaum”, pondera Flavio.

“Em 2023, decidimos certificar dois empreendimentos junto ao Green Building Council Brasil na categoria GBC Condomínio, como forma de chancelar as nossas práticas sustentáveis de gestão de projeto e execução de obras e para contribuirmos para o desenvolvimento setorial para uma construção cada vez mais sustentável”, emenda o diretor da empresa. Ele ressalta que a certificação é uma consequência da forma da Joal Teitelbaum de pensar, projetar e executar uma edificação. “Com certeza, o selo GBC Condomínio será uma ferramenta excepcional para validar e reconhecer nossa busca da melhoria contínua na área da sustentabilidade.”

As soluções tecnológicas e sustentáveis são, sem dúvida, os grandes diferenciais das obras gerenciadas pela Joal Teitelbaum, englobando o uso eficiente de água, energia e dos materiais, a preocupação com a qualidade do ar interna, com os requisitos sociais, com o conforto termoacústico e lumínico do usuário. “O desempenho e a durabilidade de um imóvel são influenciados diretamente pela qualidade e assertividade na etapa de projeto, quando são simuladas e estudadas as diversas alternativas e, então, especificadas as soluções estruturais, de instalações, fachadas, impermeabilização e sustentabilidade que irão maximizar esses fatores”, explica Flavio. Contudo, segundo ele, “é essencial” que essas soluções estejam plenamente integradas entre si, de acordo com os requisitos das normas técnicas e de desempenho, e que sejam gerenciadas e fiscalizadas ao longo da construção e da vida útil do empreendimento.

“A tecnologia, porém, não é o suficiente para o aumento do desempenho, da sustentabilidade, da durabilidade e – tampouco – para a redução no custo de manutenção nas edificações”, pondera o diretor da empresa. Flavio sinaliza que a tecnologia de ponta deve ser complementada por mais dos componentes: as pessoas e os processos. “É fundamental um sistema de gestão, fiscalização e controle nas etapas de projetos e de execução do empreendimento, aliado a parcerias estratégicas com fornecedores de comprovada capacidade técnica. Essas são peças chaves que, se integradas com as tecnologias, elevam a qualidade e o desempenho dos empreendimentos e, consequentemente, reduzem os custos de manutenção ao longo do tempo.”

Soluções sustentáveis, personalizadas e integradas

Outro diferencial é que as soluções não ocorrem de forma “padronizada”. Da mesma forma que acontece nos apartamentos, onde os clientes possuem a liberdade para customizá-lo conforme suas necessidades e preferências, a etapa de projetos é igualmente personalizada.

“De forma pioneira e única no Rio Grande do Sul, desde 2010, utilizamos em nossas fachadas os painéis arquitetônicos, que possuem tecnologia canadense com produção no Brasil e que entregam uma solução de comprovada qualidade e com garantia de fábrica e maior durabilidade, aliada a uma manutenção simples e reduzida”, detalha Flavio Teitelbaum.

Na vanguarda da tecnologia, os painéis arquitetônicos entregam velocidade de montagem, segurança e personalização, pois possibilitam uma gama enorme de cores/tonalidades, texturas e volumetrias que se adaptam à criação arquitetônica do empreendimento. “Além disso, esses painéis garantem um conforto termoacústico superior, se comparado a uma fachada tradicional, reduzindo o consumo energético para a climatização dos ambientes, e devem estar integrados às especificações de esquadrias e vidros.” Essa especificação é um exemplo claro do uso da tecnologia, da integração e de um trabalho coletivo e colaborativo da Joal Teitelbaum com as diversas disciplinas de projeto e fornecedores de materiais.

“Contratamos uma empresa especializada que realiza estudos e simulações acústicas, térmicas e lumínicas específicas em função da localização geográfica de cada projeto e de sua concepção arquitetônica”, reforça Flavio. “Seguindo as diretrizes da Norma de Desempenho NBR 15.575, são realizados o mapa de ruído, que define a classificação acústica do empreendimento; a simulação termoenergética, que fornece os dados térmicos relacionados aos dormitórios e salas dos apartamentos; e a simulação lumínica, que calcula a disponibilidade de iluminação natural nos ambientes internos.”

Com os dados obtidos nessas simulações, com as características térmicas e acústicas dos revestimentos de fachada em painéis arquitetônicos e com o nível de desempenho especificado na Norma de Desempenho NBR 15575, então especificam-se as linhas de esquadrias e vidros para cada empreendimento.

O mesmo trabalho multidisciplinar ocorre no estudo da acústica interna dos apartamentos e entre essas unidades. “Além da utilização de linha de tubulação e conexões de esgoto, que reduz os ruídos e aumenta o conforto acústico, são realizadas simulações com base nas características e concepções estruturais, arquitetônicas e de fachadas de cada empreendimento para a consequente especificação das soluções acústicas que atenderão o nível de desempenho de cada projeto”, explica Flavio. “Quando o cliente verifica a especificação do vidro, da esquadria, da manta acústica, isso é apenas a ponta do iceberg, resultante de um extenso trabalho técnico da equipe da Joal Teitelbaum, dos projetistas, de fornecedores de materiais e de consultores.”

A lista de soluções tecnológicas utilizadas nos empreendimentos da Joal Teitelbaum é vasta, com a maior parte já sendo adotada há muitos anos: painéis solares para aquecimento da água de consumo e da piscina, painéis fotovoltaicos para geração de eletricidade, reaproveitamento da água de chuva e da água gerada pelos equipamentos de climatização, uso de metais com controladores de fluxo e baixa vazão, projeto de irrigação interligado ao reservatório de reaproveitamento de água, utilização de vegetação nativa (que favorece a preservação do solo, o consumo de água e serve de abrigo e refúgio para a fauna local), renovação de ar nas áreas comuns climatizadas, controle de emissão de gases em estacionamentos, telhados e paredes vegetados que promovem a redução das ilhas de calor e a redução o consumo de energia para climatização, entre outras.

“Também aplicamos a automação da iluminação e dos sistemas e equipamentos do empreendimento, com medição remota e setorizada dos consumos de água, energia e gás e com possibilidade de extensão, mediante opção do cliente, para controle de todos os equipamentos de sua residência”, pontua o diretor da Joal Teitelbaum.

O trabalho que a Joal Teitelbaum vem desenvolvendo busca transformar a construção e elevar a visão de que todas as edificações são iguais. “Não reinventamos a roda. Mas não podemos nos limitar e nos contentar com a comparação do famoso preço por metro quadrado. Temos que avaliar desempenho, tecnologia, sustentabilidade, durabilidade, custos de manutenção. E isso não se consegue sem um trabalho colaborativo e de uma engenharia de excelência nas etapas de projeto e execução. Esse é o nosso constante desafio”, complementa Flavio Teitelbaum.

Advento da certificação Green Building

Em 2023, pelo menos 223 novos empreendimentos foram certificados pelo Green Building Brasil, movimento de construção sustentável que está presente em outros 185 territórios espalhados pelo mundo. Os dados mais recentes são de novembro, mas o volume já bate recorde histórico de registros anuais (superando os 219 de 2022), e, segundo o Conselheiro administrativo do Green Building Brasil, Eduardo Costa, a tendência é aumentar a demanda pelas certificações (são elas: LEED, Zero Energy, Life e GBC Casa e condomínio).

Ao todo, desde que o movimento iniciou no Brasil, há 15 anos, 2.358 empreendimentos foram registrados pelo Green Building, sendo que 1.005 já possuem certificados. De acordo com o dirigente, os segmentos corporativo, logística, varejo e residencial foram os que mais se empenharam em conquistar os comprovantes de credibilidade. “A Joal Teitelbaum é um exemplo na cidade de Porto Alegre, com o registro de dois novos empreendimentos: os residenciais Unik Green e Cena Moinhos”, destaca Costa.

Os benefícios desta iniciativa envolvem os diversos stakeholders, poder público, incorporadores, construtores, escritórios profissionais, indústria de soluções e consumidores, afirma o dirigente. “Considerando o ciclo de vida de uma edificação de 50 anos, apenas 15% do custo é construção e 85% é custo de operação e manutenção”, detalha. “No caso, os green buildings podem reduzir os custos de operação ao ponto de um prédio residencial com poucas unidades economizar (em contas condominiais), em 50 anos, o equivalente a um novo apartamento ao morador.”

Costa cita outros benefícios, como aumento da velocidade de ocupação, melhora na retenção, valorização de metro quadrado e melhoria da qualidade técnica da edificação, ou seja, diferencial competitivo. Algumas situações ainda garantem descontos de taxas e tributos e vantagens em produtos financeiros, promovidos pela rede bancária, que algumas instituições oferecem a incorporadores do mercado imobiliário que buscarem a certificação GBC Casa e Condomínio do Green Building Council Brasil. “O processo de certificação significa um caminho ao incorporador considerar melhores informações para a elaboração dos projetos, evitar retrabalho, criar melhores rotinas e hábitos no canteiro de obra, mitigar riscos atrelados a atividade de obra, inclusive riscos financeiros”, avalia o dirigente.

Segundo ele, a principal característica dos projetos é o alinhamento entre desenvolvimento econômico, mitigação dos impactos socioambientais negativos, redução no uso dos recursos naturais e melhora da qualidade de vida e bem-estar.

“O segredo de um green building está no investimento em inteligência de engenharia e arquitetura”, afirma. “Ao investir em projetos, viabilizamos o ingresso de tecnologia e inovação, ao mesmo tempo que maximizamos os resultados em eficiência, conforto e sustentabilidade. Certificações acabam sendo uma consequência natural.”

Para Costa, a certificação força o desempenho acima do que regra as normas que disciplinam os diversos sistemas de uma edificação. “Está dividida em categorias como implementação, energia e atmosfera, uso eficiente da água, qualidade do ambiente interno, materiais e recursos, requisitos sociais, inovação e itens regionais. Em cada categoria, há uma série de práticas a serem atendidas pelo empreendimento”, explica. Nesse sentido, as construções sustentáveis valorizam as relações humanas que ocorrem nos espaços construídos, diminuindo o tempo de recuperação de pacientes, melhorando o aproveitamento de alunos em escolas, entre outros, avalia o conselheiro.

Ele relata, ainda, a melhoria do controle de poluição em canteiros de obra em bairros e cidades, contribuindo na restauração e preservação do habitat natural, na descontaminação de áreas, na exploração de espaços abertos de convívio público. “Para se ter ideia do impacto positivo desta iniciativa, as construções civis são responsáveis por 37% da poluição da camada de ozônio – então, é muito importante o trabalho em prol de minimizar este efeito”, valoriza. Outros benefícios sociais de construções sustentáveis, com enfoque na preservação do meio ambiente são a priorização do pedestre, estímulo ao transporte de baixa emissão, contribuição no retardamento do efeito enchente, redução do efeito ilha de calor nas cidades, fomento a inovação e tecnologia, criação de novos empregos com capacitação, entre outros.

Ao destacar que sustentabilidade é o equilíbrio do desenvolvimento econômico e da preservação ambiental, o conselheiro do Green Building alerta que o futuro depende da boa convivência entre construções e a fauna e a flora. “Já temos edificações existentes certificadas, mas precisamos de mais projetos onde seja viável a existência de árvores e pássaros no entorno”, avalia. Para Costa, a resiliência e a descarbonização da operação das obras é um “caminho correto”.

“Temos certeza que o Brasil possui condições para liderar o assunto, inclusive adentrando o protagonismo em discutir o carbono incorporado das edificações”, afirma. Ele emenda que o Green Building Council Brasil vem desenvolvendo o segmento residencial e dispensado uma atenção especial ao município de Porto Alegre. No entanto, ainda há desafios, alguns deles em implementação, através de legislação específica, como o Decreto de Sustentabilidade, que prevê uma Certificação Ambiental e, através dela, desconto em IPTU e aumento de até 20% do potencial construtivo em altura. “Outro trabalho que poderia ser realizado pelo órgão público é a contribuição na conscientização sobre o tema, demonstrando o impacto financeiro e na saúde que os espaços construídos provocam nas pessoas, além da nossa contribuição a cidades mais resilientes”, complementa Costa.

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via BestHome

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